A sacarina foi o primeiro produto utilizado como adoçante no mundo: descoberta acidentalmente em 1879, ela foi lançada oficialmente com seu nome atual em 1897. Desde então, foi repetidamente estudada e testada por mais de cem anos para comprovar seu poder de dulçor e a segurança de seu consumo por qualquer pessoa – bem como todos os outros compostos adoçantes disponíveis no mercado. A sacarina é a principal substância do mercado e a mais utilizada pelos consumidores brasileiros. Mas apesar de possuir diversos estudos sobre seus aspectos e características, de ter o aval da Agência Nacional de Segurança Sanitária, a ANVISA, e também da Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda existem alguns questionamentos envolvendo o seu consumo.
Os adoçantes, incluindo a sacarina, são indicados não somente para pessoas com diabetes e obesidade, mas também para quem se preocupa com a saúde e deseja manter hábitos de vida saudáveis, com a redução do consumo de açúcar. Mas antes de listar os principais mitos sobre ela, vale responder à pergunta: qual o limite de sacarina que pode ser consumido por dia? Para respondê-la é necessário usar como referência a IDA (Ingestão Diária Aceitável), índice que mede os limites seguros de substâncias adoçantes. A IDA para a sacarina é de 5 mg/kg por dia, o que significa que um adulto de 65 kg pode consumir até 325 mg de sacarina em um dia, o equivalente a 75 gotas de Finn Sacarina diariamente, durante toda a sua vida, sem prejuízos à saúde. Esta quantidade é muito superior à média de uso do dia a dia, mesmo para quem consome muitos produtos com adoçante.
A sacarina é comumente utilizada em associação com o ciclamato de sódio, edulcorante que complementa o sabor do adoçante. O composto não é metabolizado pelo organismo e é excretado de forma inalterada pelos rins. A substância conta ainda com o benefício de poder ser utilizada para fins culinários.
Confira alguns mitos relacionados ao consumo de sacarina:
Adoçantes à base de Sacarina e Ciclamato não podem ser consumidos por hipertensos por conterem alto teor de sódio.
MITO! Adoçantes à base de sacarina/ciclamato possuem quantidades desprezíveis de sódio. Em uma porção (três gotas), há apenas 2 mg, o que representa 0,1% do limite de consumo diário de sódio recomendado pelo Ministério da Saúde (1.700 mg).
Vale lembrar que, no Brasil, a maior parte do sódio da alimentação vem do sal de cozinha, que representa, em média, 71,5% do total de sódio que uma pessoa ingere diariamente.
Adoçantes engordam.
MITO! Muito pelo contrário! São importantes aliados para a perda de peso, já que substituem o açúcar e reduzem o valor calórico da dieta. Nenhum adoçante afeta os níveis de glicose e insulina. Logo, não causam efeito rebote de fome, não aumentam a ingestão alimentar e são indicados para diabéticos.
Adoçantes retêm líquido.
MITO! Muitas pessoas acreditam que adoçantes à base de sacarina/ ciclamato causam “inchaço”. Isso porque associam o sódio de sua composição à retenção de líquidos. No entanto, a quantidade de sódio desses produtos é considerada desprezível e seu consumo não é capaz de gerar tal efeito.