Sem Desperdício!: 4 dicas para os pais evitarem a obsessão dos filhos por um padrão de beleza

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4 dicas para os pais evitarem a obsessão dos filhos por um padrão de beleza

A obsessão por uma aparência perfeita aflige diversas pessoas. Muitas meninas, jovens, na busca por aceitação e adequação a um padrão de beleza, desenvolvem uma espécie de baixa autoestima precoce. Psicoterapeuta ensina como os país podem ajudar nesse processo


A preocupação com a beleza física não é nenhuma novidade nos dias atuais. No entanto, com a ajuda da internet e, consequentemente das mídias sociais, essa obsessão pela aparência perfeita aumentou. E o que chama atenção neste fenômeno é que até as crianças estão desenvolvendo uma preocupação muito grande com sua aparência em uma fixação exacerbada, o que é reflexo da insegurança em si, segundo a psicoterapeuta Maura de Albanesi. 

Segunda ela, os adolescentes ainda estão em fase de construção da personalidade. "A personalidade é um conjunto de características comportamentais relacionadas à inteligência, caráter, consciência e outros fatores que definem cada um de nós. É algo puramente individual, que se constrói com o passar do tempo. A falta de confiança em si, o medo de ser julgada e a busca por aprovação constante são pontos que denotam um comportamento compreensível neste momento da vida, porém, na sociedade atual há um grande exagero nisso tudo, o que é perigoso", explica a psicoterapeuta. 

Segundo Maura, isso é uma espécie de baixa autoestima precoce, causada, diretamente, por um mundo cheio de estímulos à superficialidade. "Vejamos, por exemplo, o mercado de beleza. São inúmeros produtos e serviços que prometem milagres, a solução dos problemas e tudo isso, supostamente, permite a adequação ao padrão de beleza estabelecido. Mas esse padrão de beleza engana, e vende uma ideia de felicidade que não existe, que é vaga e supérflua", diz Maura.

Todos querem ser aceitos, porém os caminhos para conseguir esta "aceitação" começam pelo autoconhecimento, e esse é um ensinamento que deve ser dado, principalmente, pelos pais. A autoestima está intimamente ligada ao conhecimento que temos sobre nós. Quando se sabe quem é, do que gosta ou não, quais são os pontos fracos e fortes, talentos, medos e etc., o indivíduo desenvolve um grau de satisfação consigo que é enorme, e gratificante. "Os pais devem ensinar aos filhos que todos temos limitações e qualidades, estimular a autopercepção. O que deve ficar claro é que não são os outros que devem nos apontar falhas ou defeitos, essa análise deve partir do interior de cada um, bem como as consequentes mudanças", comenta a especialista.

Dicas práticas

Segundo a psicoterapeuta, desde pequenos os filhos podem ser incentivados pelos pais a se sentirem mais confiantes, por meio de elogios. Ela desenvolveu dicas práticas para isso:


Tocar: "A forma de você fazer a criança gostar de si mesma é tocá-la desde pequeno. Tem pais que não abraçam, que não tocam a criança. Então, pra você gostar do corpo, você precisa tocar. Tudo que você gosta, você toca. É igual quando você vai a uma loja e gosta de uma blusa: você toca! A que você não gostou muito, você nem mexe", explica a psicoterapeuta.


Elogiar: "A mãe precisa elogiar porque a criança vai se percebendo a partir dos olhos da mãe. Se você disser que ela está feia, ela vai se achar feia. Porque ela ainda não tem esse referencial de bonito e feio. Então é preciso dizer pra criança 'você está bonita', 'você é linda', 'olha o seu cabelo como é bonito', 'olha como ele faz cachos interessantes', vai elogiando. De repente você está penteando o cabelo dela, fala pra ela olhar para o espelho e ver como é linda, que olho lindo ela tem. E traz objetivamente a beleza", destaca.


Cuidados com os termos: "Também em brigas, às vezes usamos umas palavras que podem interferir, como dizer que a criança é 'horrorosa', ela pode achar que não é só a atitude, mas que ela é horrorosa. Então, se quiser brigar com a criança, não use esses termos: pentelha, fedelha, nanica... É preciso que os pais tomem cuidado com os adjetivos que usam com os filhos não só nessas situações, mas em todas", alerta.

Reconhecer a própria beleza: "A filha sempre se espelha na mãe, então a mãe também precisa gostar do próprio corpo. Não adianta eu me achar feia e achar a minha filha bonita - porque aí eu teria atitude e comportamento de alguém que se acha feia. Agora, a mãe se achar bonita, automaticamente, a filha, que partiu dessa genética, também vai se achar bonita. E se a mãe se cuidar, ela vai passar esse hábito pra filha. Uma mãe desleixada, provavelmente vai ter uma filha desleixada. Como eu vou ensinar isso pra minha filha? Eu vou me elogiar. Eu também vou olhar no espelho e dizer 'nossa, que mãe que você tem, hein, filha?'. Às vezes até de uma forma mais lúdica. Aí já emenda numa brincadeira, elogia o pai, e tudo, de uma forma natural", finaliza. 


Fonte: Maura de Albanesi é psicoterapeuta do Instituto de Psicologia Avançada Maura de Albanesi. Psicóloga, Palestrante, Escritora e Radialista. É mestre em Psicologia e Religião e pós-graduada em Psicoterapia Corporal, Psicoterapia de Vivências Passadas e Biografia Humana, pela PUC-SP. Presidente Fundadora do Renascimento - Núcleo de Desenvolvimento Humano e Espiritual. | Site: www.mauradealbanesi.com.br



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