Clube de cartas reúne escritores famosos da internet

Clube da Carta envia cartas manuscritas de autores para seus fãs

Criado para reviver a sensação de receber uma carta escrita à mão, o Clube da Carta chega para reunir o velho com o novo. Buscando resgatar o antigo costume de receber uma carta, a proposta é trazer para o mundo offline escritores consagrados na internet: Ricardo Coiro, Bruna Grotti e Daniel Bovolento.

O sistema, pioneiro no Brasil, é simples: o cliente acessa o site, escolhe o plano desejado e passa a receber todos os meses cartas manuscritas pelos autores. O conteúdo pode ser um conto, uma poesia ou mesmo uma história pessoal. Há a possibilidade de responder, de receber uma carta de cada um dos autores e uma carta surpresa de um convidado que pode ser de um autor, uma celebridade ou um esportista, por exemplo. O plano básico custa R$ 9,90 por mês e o premium R$ 19,90.

"A ideia é incentivar o lado emocional, resgatar um costume que muitos sentem falta ou sequer viveram. A maioria dos jovens nunca recebeu uma carta e o público não conhece a letra do autor que tanto gosta e não pode guardar sua obra, pois só leem pela internet", conta Thiago Valadares, idealizador do Clube da Carta ao lado do escritor Ricardo Coiro. "Levamos mais de um ano pesquisando, ouvindo o público, construindo o Clube da Carta para oferecer a melhor experiência possível ao assinante. Resgatar a escrita, o momento de receber uma carta, abrir e ler é uma oportunidade incrível em um mundo tão digitalizado".

Para Ricardo Coiro, é uma oportunidade de oferecer entretenimento e se aproximar do leitor. "O Clube da Carta oferecerá uma nova opção de entretenimento, que une leitura de qualidade, interação fácil com os escritores e constantes surpresas e descobertas", diz. "Espero que as cartas realmente toquem os membros dos Clube e os tirem, mesmo que momentaneamente, deste universo de ódio e violência gratuita em que o país se encontra. E que as pessoas retomem a capacidade de ler mais do que 140 caracteres, já que o mundo está caminhando para um modelo no qual as pessoas leem cada vez menos", completa.

O time do Clube da Carta

Bruna Grotti

Bruna Molon Grotti é jornalista, roteirista e escritora, e entrou no Clube da Carta a convite do Ricardo Coiro, parceiro na era do compartilhamento digital. "Mais do que isso, entrei porque me apaixonei pelo projeto logo de cara. Em primeiro lugar, porque a possibilidade de compartilhar meus manuscritos me fascina - tenho uma verdadeira fixação pela caligrafia das pessoas, acho que ela revela mais sobre a gente do que a gente imagina", diz Bruna. "E em segundo, porém não menos importante, porque acredito que um projeto como esse, mais do que estimular a leitura, vai estimular que o leitor seja também um criador de conteúdo ao resgatar o espírito da troca de cartas. Esse projeto é a união do inovador com o vintage. E não há nada que seja mais a cara dos anos 2000 do que isso", finaliza.

Daniel Bovolento

Daniel Bovolento é publicitário formado pela UFRJ e trocou o Rio de Janeiro por São Paulo nos dois últimos anos. Tem se dedicado ao blog Entre Todas as Coisas, um dos maiores sites de comportamento do país, e a carreira literária. Lançou "Por onde andam as pessoas interessantes?" em 2015 pela Editora Planeta e já planeja o lançamento de um segundo volume em 2016. "O Clube é uma chance de me desafiar. Por mais que escreva cartas para os blogs e para meus livros, o formato permite ousar tanto na dinâmica estética quanto no conteúdo. Deixa a gente brincar com outras coisas como formas, cheios, sabores e sensações que vão do remetente ao destinatário", diz. "É dar um passo além da internet e do modelo tradicional da literatura, fazendo com que um hábito antigo seja reinventado de certa maneira", finaliza.

Ricardo Coiro

Autor dos livros "Confissões de um Cafamântico" e "Não Quero Um Amor Meia-Boca". Colunista dos blogs Casal Sem Vergonha, Entenda os Homens e Superela. "Entrei no projeto por saber que as cartas me proporcionarão uma nova experiência de escrita e de interação com os leitores. Além disso, eu acredito que a palavra no papel - e com a minha letra - conseguirá transmitir os meus sentimentos com mais exatidão e de maneira mais impactante", explica. "Meus leitores amam as dedicatórias que faço nos livros, que não passam de vinte palavras, então, imagino que vão dar cambalhotas de felicidade quando receberem cartas de três folhas contendo textos exclusivos e com características estéticas e extremamente pessoais muito semelhantes àquelas que curtem nas dedicatórias".

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